Mas se através de tudo corre a esperança, então a coisa é atingida. No entanto a esperança não é para amanhã. A esperança é este instante. Precisa-se dar outro nome a certo tipo de esperança porque esta palavra significa sobretudo espera. E a esperança é já. Deve haver uma palavra que signifique o que quero dizer.***** Lispector, Clarice. Que nome dar a esperança. In: Aprendendo a viver. Rio de Janeiro, Rocco, 2004. p.103
Endereço: Rua Jaricunas, 458
Bairro: Siciliano – São Paulo, SP
Tel.: 11 3672-1423
Horário: 2ª a 6ª feira das 9h às 18h e sábado das 9h às 16h
Coordenadora: Marcia de Oliveira Lopes
bibliotecaclaricelispector@ig.com.br
HISTÓRICO DA BIBLIOTECA
Na década de 50 foi criada a Sociedade Amigos do Bairro Siciliano, organização preocupada com o desenvolvimento do bairro que elencou suas necessidades e as levou pessoalmente ao então prefeito Jânio Quadros. Com a ajuda desta organização foi encontrado o local adequado para a construção da Biblioteca Infantil do bairro Siciliano, na confluência da rua Sepetiba com a Jaricunas. A Biblioteca foi inaugurada em 7 de setembro de 1956, mas abriu suas portas ao público somente em 10 de setembro do mesmo ano.
A partir de 1957 passou a funcionar a sala de pintura e foram realizadas as primeiras atividades de hora do conto, de teatro de fantoches, concursos, palestras e eventos ligados a datas comemorativas.
Em 1978 a biblioteca foi renomeada, passando a se chamar Biblioteca Infanto-Juvenil Clarice Lispector. Enfatizando os trabalhos de Clarice Lispector, patronesse da biblioteca, e com o objetivo de ampliar o círculo de leitores, foi implantado em 1991 o projeto Leitura Coletiva de Clarice, e mais tarde outro projeto denominado Falando de você Clarice que foi aos poucos tomando corpo e se impondo perante a comunidade, os estudiosos e leitores da escritora.
Legislação referente à biblioteca
Criação: Lei n.º 3.853 de 18 de março de 1950
Inauguração: 7 de setembro de 1956
Denominação: Decreto n.º 15.095 de 9 de junho de 1978
Transferência para subprefeitura: Decreto nº 42.772 de 3 de janeiro de 2003
Criação de SMB: Decreto nº 46.434 de 6 de outubro de 2005
Transferência para SMC: Decreto nº 48.166 de 2 de março de 2007
BIOGRAFIA DA PATRONESSE CLARICE LISPECTOR
Clarice Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920 na Tchetchelnik, Ucrânia. Recém-nascida veio com os pais para Maceió, em 1921. Aos sete anos já escrevia histórias infantis com tom existencialista. Em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou Direito. Em seguida começou a trabalhar na Agência Nacional, como redatora. Casou-se com um diplomata e teve dois filhos. Nesta época, lançou seu primeiro livro Perto do coração selvagem.
Em 1959, após separar-se do seu marido, fixou residência no Rio de Janeiro. A partir daí, escreveu contos para a revista Senhor, fez entrevistas para a revista Manchete, colaborou em colunas para o Jornal da Tarde, Correio da Manhã e, anos depois, para o Jornal do Brasil, além de manter a coluna “Só para mulheres”, no Diário da Noite.
Em 1962, recebeu o prêmio Carmem Dolores pelo romance A Maçã no Escuro. Em 1967, recebeu o prêmio Calunga, da Companhia Nacional da Criança pela publicação de O Mistério do Coelho Pensante. Em 1976, recebeu o prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal pelo conjunto de sua obra. Seu último livro, A Hora da Estrela, foi adaptado para o cinema nos anos 80. Faleceu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro.
Algumas obras: A paixão segundo G. H., Onde estivestes de noite?, Laços de família, Legião estrangeira. “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei”. C. L.