Vila Maria
A Vila Maria nasceu oficialmente em 1917 com a fundação da Companhia Paulista de Terrenos. Antes a região pertencia a um sítio chamado Bela Vista. Uma grande parte das terras foi comprada por Eduardo Cotching, que a loteou em seguida. Anteriormente, em 1856, foi assinada a primeira escritura de venda das terras da região.
Passaram de José Bento de Morais ao Drº Joaquim Floriano de Araújo Cintra. A esposa do Drº Araújo chamava-se Maria, uma das explicações de a vila ter recebido este nome. A partir de então essas terras foram objeto de várias negociações até chegar às mãos da Companhia Paulista de Terrenos. A fundação do bairro é datada de 17 de janeiro de 1917.
Para chegar à Vila Maria no seu começo, era preciso atravessar o rio Tietê de barco. O progresso veio lentamente com a construção de uma ponte de madeira em 1918. A partir dos anos 1920, o comercio tomou forma na região e o bairro progrediu. Mesmo assim todos os habitantes do nascente bairro tinham um barco em casa, já que inundações eram freqüentes e a parte baixa da vila sumia debaixo da água. A mesma historia vale para os outros pequenos bairros do distrito: a Vila Maria Alta e a Vila Maria Baixa.
Em 1922 foi edificada a primeira igreja do bairro, a de Nossa Senhora dos Navegantes (nada a ver com as enchentes do Tietê), e a energia elétrica chegou em 1923. No mesmo ano a vila ganhou um bonde elétrico até a praça da Sé.
A Vila Maria ficou conhecida nacionalmente por ser o mais aguerrido redito Janista do estado. Em 1955, o então prefeito Jânio Quadros venceu a eleição para governador do estado com o apoio maciço do bairro. Claro, um ano antes Jânio havia asfaltado muitas ruas, inaugurado biblioteca e aberto diversas escolas no bairro.
Nessa época foi dada a largada para a construção da ponte de concreto sobre o rio Tietê – em substituição à antiga ponte de madeira -, entregue ao publico em 1956. O fato é que Jânio Quadros adotou a Vila Maria e vice versa.
Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano
